sábado, 15 de março de 2014

Na preparação dos 25 anos do Mosteiro, uma reportagem no Jornal Extra

Nosso agradecimento, bem unido à nossa oração, à querida Jornalista Marina Navarro Lins pela reportagem publicada no Jornal Extra  (15/03/2014) sobre os 25 anos da inauguração de nosso Mosteiro. Abaixo temos a reportagem extraída do site: http://extra.globo.com/noticias/rio/clarissas-comemoram-os-25-anos-do-mosteiro-de-santa-clara-em-nova-iguacu-11883527.html

Deus chamou e Maria das Neves do Rosário atendeu. A portuguesa tinha 25 anos quando casou-se com Cristo e foi viver, enclausurada, em um mosteiro na Ilha da Madeira, em seu país. Uma década depois, Deus chamou de novo. A missão agora era fundar o Mosteiro de Santa Clara, em Nova Iguaçu. Dedicada, Maria das Neves se mudou para o Brasil com outras cinco clarissas. No dia 13 de maio de 1989, a casadas mulheres de Cristo ficou pronta. Em 2014, completa 25 anos.
- Não trocaria um dia no convento por outro fora daqui. Deus dá uma graça tão grande que compensa tudo. Hoje, aparecem menos jovens com vocação do que antes - compara Maria, de 65 anos.


Erguido no alto de um morro do bairro Botafogo, o Mosteiro de Santa Clara abriga dez clarissas. Uma delas abre o portão de ferro e volta, ligeira, para trás das grades que as separam do resto do mundo. O silêncio é sensível e um pouco pesado. Até que a irmã Maria de Fátima do Divino Coração, de 32 anos, abre um largo sorriso:
- Essa paz me encantou. Tinha uma vida normal e até curtia rock. Mas o vazio continuava...
Rosana Maria da Conceição, de 36 anos, entregou-se a Deus em 2001:
- Não tem como explicar o chamado divino, é uma vocação. Nós somos contemplativas e ajudamos as pessoas através de orações - explica a clarissa, que é formada em farmácia pela UFF.
As irmãs só saem da casa para ir ao médico ou fazer compras, mas não gostam destes momentos. Atrás das grades, encontraram a liberdade que procuravam.

Clarissas têm rotina de orações e trabalho
As clarissas do Mosteiro de Santa Clara seguem uma rígida rotina. Às 4h45m estão de pé. Durante o dia, alternam orações, estudo de documentos religiosos e trabalho - fazem velas e hóstias, cozinham e limpam a casa.
- Jantamos às 18h e depois temos uma hora de recreio, quando podemos conversar e cantar músicas religiosas - conta a madre superiora, Ivone Maria da Apresentação, de 45 anos.
A televisão é ligada apenas quando o Papa está fazendo um pronunciamento. Só é permitido falar com a família pelo telefone no terceiro domingo do mês. Se um parente fica doente, a clarissa pode visitá-lo - por uma semana. Mas, quando é o parente que faz a visita, o contato acontece através das grades. Mas e a saudade?
- Eles entendem que o nosso carinho é mais forte que um abraço. Nós estamos rezando por eles e por todos. As pessoas podem nos pedir orações - diz Rosana, com voz calma.



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