terça-feira, 3 de outubro de 2023



Nono dia da novena de São Francisco de Assis


Francisco e o louvor da criação


Considerando como o Seráfico Pai Francisco amava e respeitava toda criação. Meditemos hoje, no nono dia de nossa novena o tema: Francisco e o Louvor da Criação.
No principio, Deus Criou o céu e a terra” (Gn 1,11) Com estas solenes palavras inicia-se a Sagrada Escritura. (CIC)
Deus criou conjuntamente do nada, desde o início do tempo, ambas as criaturas, a espiritual e a corporal, isto é, os anjos e o mundo terrestre; em seguida a criatura humana. (CIC)
Os anjos cuja memória a Santa Mãe Igreja hoje comemora são criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência, de vontade e imortais. Superam em perfeição todas as criaturas visíveis. (Dn 10,9-12). Foram nos dadas por Deus para nos guiar, proteger e guardar.
Estão ai, portanto, junto de ti, e não apenas contigo, mas em teu favor. Estão aqui para te proteger, para te serem úteis e para te servir. (S. Bernardo, abade)
“Aberta a mão pela chave do Amor, as criaturas surgiram". (S. Boaventura)
Atribuamos ao Senhor Deus altíssimo todos os bens; reconheçamos que todos os bens lhe pertencem; demos-lhe graças por tudo, pois dele procedem todos os bens”. “Ele, o Altíssimo e soberano, o único e verdadeiro Deus”. CCCGG Art. )
Diante da grandeza do universo criado e da bondade do Pai, Francisco vê sua pequenez. Faz a experiência de Deus a partir da sua humildade.
O ser humano descobre-se a si mesmo quando se defronta com o seu mundo interior.
A humildade leva a pessoa a manter uma atitude de escuta, abertura e acolhimento, deixando espaço para que Deus possa agir plenamente. (Frei Atílio Abati, OFM)
A humildade nos aproxima de Deus, ela nos revela Deus.
O santo é alguém que tem alma de criança. Seu olhar puro vê na natureza a presença amorosa do Criador. Constitui um olhar como o de Adão e Eva, no paraíso. (Frei Jorge Hartmann,OFM)
“Sem o Criador, a criatura se esvai”. (Gaudim Spes)
“É cego, quem não vê tantos esplendores que emanam da criação! (S. Boaventura)
É surdo, quem não desperta ante o concerto de tantas vozes”. (S. Boaventura)
É mudo, quem não louva a Deus diante de todas essas obras! (S. Boaventura)
É tolo, quem diante de tudo isso não reconhece a mão do Criador”! (S. Boaventura)
Dizia ele: O sol é mais belo do que todas as outras criaturas porque se parece mais com Nosso Senhor, que na Sagrada Escritura é chamado de «Sol de justiça». E por isso pôs o nome dele nos versos que compusera e chamou: «Cântico de Nosso Irmão Sol». (Esp. de Períeição, 119)
Este Cântico, que Francisco compôs no fim de sua vida, é um verdadeiro testamento espiritual, no qual o Poverello nos revela seu olhar sobre o mundo e o segredo de sua sabedoria. (Éloi Leclerc)
Ele canta a beleza do mundo. É a criação a revelar a bondade, a beleza e a generosidade de seu Criador. (Frei Atílio Abati, OFM)
“Abra, pois, os teus olhos, utilize os ouvidos e tua alma, solte os teus lábios e aplique o teu coração a ver, compreender, louvar, venerar, honrar e glorificar a Deus em todas as coisas”.(S. Boaventura)
Altíssimo, Onipotente, Bom Senhor,/só a Ti o louvor e a glória,/a honra e toda bênção!
Só a Ti, Altíssimo se devem/e humano não há que seja digno/de mencionar Teu Nome!
Louvado sejas, meu Senhor,/no conjunto de Tuas criaturas, / pela irmã lua e as irmãs estrelas,/que no céu criastes resplendentes /e valiosas e lindas!/ e com o Senhor irmão sol principalmente,/que por Ele nos vem o dia /e com sua luz nos alumia!


 

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