A partir das palavras do Papa Francisco em sua Carta Apostólica Patris Corde, reflitamos sobre a graça do trabalho, tão bem vivida e honrada por São José:
“São José
era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua
família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que
significa comer o pão, fruto do próprio trabalho. Neste
nosso tempo em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente
questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes, mesmo em
países onde se experimentou durante várias décadas um certo bem-estar, é
necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica
e do qual o nosso Santo é patrono e exemplo.
O
trabalho de São José lembra-nos que o próprio Deus feito homem não desdenhou o
trabalho. A perda de trabalho que afeta tantos irmãos e irmãs e tem aumentado
nos últimos meses devido à pandemia de Covid-19, deve ser um apelo a revermos
as nossas prioridades. Peçamos a São José Operário que encontremos vias onde
nos possamos comprometer até se dizer: nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma
família sem trabalho!”
Ressaltando o valor do trabalho humano, São João Paulo II em sua Carta Encíclica Laborens Exercens, já dizia:
“É mediante o trabalho que o homem
deve procurar o pão quotidiano e contribuir para o progresso contínuo das
ciências e da técnica, e sobretudo para a incessante elevação cultural e moral
da sociedade, na qual vive em comunidade com os próprios irmãos. E com a
palavra trabalho é indicada toda a atividade realizada pelo mesmo homem, tanto
manual como intelectual, independentemente das suas características e das
circunstâncias, quer dizer toda a atividade humana que se pode e deve reconhecer
como trabalho, no meio de toda aquela riqueza de atividades para as quais o
homem tem capacidade e está predisposto pela própria natureza, em virtude da
sua humanidade. Feito à imagem e semelhança do mesmo Deus (...) o homem desde o
princípio é chamado ao trabalho. (...) O trabalho comporta em si uma marca
particular do homem e da humanidade, a marca de uma pessoa que opera numa
comunidade de pessoas; e uma tal marca determina a qualificação interior do
mesmo trabalho e, em certo sentido, constitui a sua própria natureza".
Concluamos estas reflexões rogando a intercessão de São José:
São José, Carpinteiro de Nazaré, amigo dos pobres e fiel esposo de Maria, intercedei por todos os que se empenham no trabalho espiritual, por todas as necessidades do mundo do trabalho. Alcançai-nos, também, a graça de que tanto necessitamos (fazer o pedido). Que nós tenhamos a graça de imitar as vossas virtudes para chegarmos, um dia, à vivência da plenitude em Deus. Amém.
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